Resenha: A Herdeira - Kiera Cass

Livro: A Herdeira, Vol. 04 (A Seleção)
Título Original: The Heir
Autor (a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 361
Gênero: Distopia
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
() Favoritado!


Sinopse: "Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia."

***Alerta!!! Pode conter Spoiler. Este é o quarto volume da série, caso não tenha lido o primeiro, segundo e terceiro volume, veja nossa resenha no clique aqui.


Vinte anos depois do final de A Escolha, Maxon e America tornam-se coadjuvantes na história de seus descendentes. Em A Herdeira, conhecemos a jovem Eadlyn, filha primogênita do casal que, graças a uma alteração na legislação, é a primeira herdeira na linhagem do trono real. Uma das primeiras ações de Maxon como rei, foi propor a extinção das castas.  Assim, Iléa prosperou em meio a um ambiente político calmo e igualitário. 

Enquanto isso, Eadlyn foi criada e preparada para ser a rainha perfeita, visto que desde pequena suas escolhas sempre priorizaram as necessidades do seu povo. Contudo, o que ela não imaginava é o que o futuro e o peso da responsabilidade de ser uma rainha chegaria tão cedo. 

A abolição das castas deu esperança ao povo, entretanto, a medida não erradicou completamente o preconceito e a segregação social. Indignados e confusos, parte da população iniciou um movimento de retaliação à família real, o que colocou Maxon e America em uma saia justa: eles precisam pensar em algo, precisam de tempo, precisam alegrar o povo com uma nova seleção.


“(...) seja você mesma.
Era mais fácil falar do que fazer. Afinal, quem eu era? Metade de uma dupla de gêmeos. Herdeira de um trono. Uma das pessoas mais poderosas do mundo. A maior distração do país.
Nunca apenas filha. Nunca apenas garota.”

O diferencial do livro é que dessa vez a seleção acontece com uma princesa; é a primeira vez que o castelo abre suas portas para que trinta e cinco rapazes possam tentar conquistar o coração da futura rainha. 

Além disso, outro detalhe inusitado é a personalidade complexa de Eadlyn. Desde pequena ela sentiu o peso da sua responsabilidade. Enquanto o irmão gêmeo e os irmãos mais novos aproveitavam a infância e faziam planos para o futuro, a princesa concentrou suas forças para tornar-se a melhor rainha que Iléa já teve. Dá para imaginar o que isso fez com essa garotinha? Eadlyn transformou-se em uma mulher poderosa, determinada e independente. Por ser a primeira soberana mulher, ela criou um forte sentimento de autonomia. A jovem quer ser a melhor sem ter que depender de ninguém e, depois de fazer tantos sacrifícios, ela sabe que será capaz de governar o país. 

O único problema é que o início da seleção muda completamente os seus planos. O concurso faz com que Eadlyn assuma o papel da mulher frágil que precisa de um companheiro, algo que ela não é e nunca considerou ser. Portanto, a obra foca nos problemas políticos atuais de Iléa, no concurso que mexe com o emocional de toda a família real e nas peculiaridades da incompreendida e pouco carismática, Eadlyn.


Há também um ponto interessante: nós não sabemos quem ela vai escolher e nem mesmo se ela vai escolher algum dos meninos. Cada um pode criar sua torcida, porque pelo menos uns 4 selecionados tem boas chances de ganhar o coração dela. Mesmo durona a gente acaba percebendo que ela está se encantando e passando a considerar a possibilidade de abrir seu coração. 


“- Eu sou feliz, Ahren. Sou a princesa. Tenho tudo.
- Acho que você confunde conforto com felicidade.”

No geral, assim como os outros livros da saga, a narrativa é fluída, envolvente e romântica. E por mais que o livro não seja perfeito, a leitura e todas as emoções que ela gera fazem tudo valer a pena.

“Por isso o amor era uma ideia terrível: ele enfraquecia as pessoas.”




Próximo livro da série: 










1. Saraiva
2. Amazon

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