Resenha: Lembrança (A Mediadora #07) - Meg Cabot

Título: Lembrança
Série: A Mediadora, Vol.07
Autora: Meg Cabot
Gênero: Literatura Juvenil / Adolescente
Edição: 2016
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 288 páginas
Pontuação:  ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
() Favoritado!

Sinopse: Meg Cabot retorna com uma divertida e sexy continuação da saga de Suzannah Simon, a menina que via fantasmas... e os ajudava a passar para a luz Agora, mais velha e experiente, tudo que Suze quer é causar uma boa impressão no primeiro emprego desde sua formatura — e desde o noivado com o Dr. Jesse de Silva, ex-espírito e sua alma gêmea. Como não bastasse, um fantasma de seu passado resolve aparecer. E esse não é um espectro que ela possa mediar. Afinal, Paul Slater está bem vivo, milionário e, ainda por cima, é o novo proprietário da antiga casa de Suzannah. Aquela na qual conheceu Jesse. Isso não seria um problema se ela não tivesse acabado de descobrir que uma antiga maldição poderá transformar seu amado num demônio, caso seu antigo local de descanso seja demolido, como Paul pretende. Agora ela precisa dar um jeito em Paul, que a está chantageando sexualmente — isso mesmo... ou ela dorme com ele, ou perde Jesse —, enquanto tenta ajudar uma caloura assombrada por uma menininha muito poderosa...


Oh, por todas as Divindades Literárias! Estar fazendo essa resenha é como um sonho que virou realidade. Esperei por tanto, mas tanto tempo esse livro e o melhor de tudo é que ele superou todas as expectativas que eu havia criado, e me deixou maravilhada. Uma das melhores leituras de 2016!

Para os fãs de A Mediadora que acreditaram que a história de Suzannah e Jesse havia acabado em Crepúsculo, SURPRESA! Eis que há alguns aninhos atrás a autora falou sobre um sétimo livro, que estava quase virando lenda, mas que, finalmente (ALELUIA!), para a felicidade dos fãs, foi publicado. 

Com o título de Lembrança, o novo livro da série traz novamente nossos amados personagens, agora adultos e com problemas e confusões muito mais profundas.

Suzannah, agora uma mulher adulta, bonita, bem resolvida que está se formando em psicologia e estagiando – adivinhem onde? – na Academia da Missão Junipero Serra (isso se chama Carma, miga!), a escola onde ela estudou desde que chegou a Califórnia e viveu altas confusões. E, para completar, trabalhando ao lado de sua adorada – mentira – irmã Ernestine. Pelo menos seu chefe é seu bom e velho amigo, padre Dominic. E como cereja do bolo, Suze está noiva do agora Dr. Hector de Silva, mais conhecido como Jesse. (Suspiremos de inveja!)

Tudo está indo as mil maravilhas, seus pais estão muito bem de vida obrigada, seus irmãos – exceto Dunga – estão muito bem encaminhados. As coisas estão andando nos trilhos, claro que com um caso de mediação aqui, outro ali. Até que o encosto máster da vida de Suzannah resolve voltar a cena.

Paul Slater, agora um imponente CEO e um dos solteirões mais cobiçados de LA, nunca conseguiu esquecer o toco que levou da moça, ser trocado por um ex-fantasma nunca lhe desceu bem. Por tanto ele retorna para chantageá-la. A empresa de Slater comprou a antiga casa onde Suzannah morou com sua família, e mesmo local em que Jesse fora assassinado. E o filhote de Cruz Credo pretende demolir a casa. Porém, há uma antiga lenda egípcia, que promete transformar Jesse em um demônio caso seu local de descanso seja perturbado.

Então, Paul, indecentemente propõe a Suzannah, que caso eles tenham uma noite juntos – porque ele se acha o bam bam bam, O Grey de LA, que em uma noite vai levá-la a loucura e fazê-la esquecer seu delicioso noivo – ele não irá demolir a casa e todos saem ganhando. 

“[...] Sinto que eu teria encontrado você, ou você me encontrado, não interessa onde estivéssemos. Aquela casa é só um lugar, não é nosso lugar, não mais. Nosso lugar é um com o outro, onde quer que estejamos. ”

Mas, é claro que nossa mediadora não irá cair tão facilmente nas garras do aspirante a herdeiro do trono do inferno. E como um problema de cada vez é fichinha para ela, enquanto tenta se livrar de Paul, ela acaba esbarrando em um complicado caso de mediação, uma jovem aluna da Missão está sendo assombrada por um fantasma de uma menininha. 

Suzannah acredita inicialmente ser um caso simples e que logo resolveria, mas acontece que o caso toma proporções inimagináveis!

Só posso dizer que valeu a pena toda a espera, Meg Cabot não me decepcionou em nada. Sua escrita continua inteligente, fluída e simples e, claro, com o toque de diversão, sarcasmo e ironia. E tendo adicionado toques hot e picantes a esse sétimo livro, a mistura foi simplesmente perfeita. Muito satisfatória.

Nesse livro temos um caso bem mais complicado e delicado, o tema foi tratado de forma muito sensível, porém, a autora soube dosar o drama sem pesar a história. Os personagens tiveram o amadurecimento na medida certa, tudo muito possível. A autora não os transformou do nada em pessoas perfeitas, eles continuam crescendo e aprendendo, mas com suas essências preservadas. 

Mesmo com a passagem na história, Meg não se perdeu. Durante a leitura senti como se reencontrasse velhos amigos, todos os antigos personagens continuaram, e mesmo os novos foram adicionados sem causar sensação de estranheza, da mesma forma que a adição das novas tecnologias a trama, afinal, os primeiros seis livros não pegaram a "era da informação" da mesma forma que o novo livro.

Quanto aos personagens, Suzannah continua cômica, cativante e com todas as características que a tornaram tão querida. Jesse, UAU! O perfeito cavalheiro! Se como fantasma ele já era uma tentação, vivo ele é uma perdição! Que homem é esse?! Cavalheiro, protetor, gentil, amoroso e sexy! Padre Dom tem sua participação um tanto reduzida, mas nem por isso menos importante. Seus irmãos e velhos amigos, todos foram encaixados dentro do enredo.

Um pequeno detalhe que não agradou a muitos foi ver o lado mais "esquentado" de Jesse, porém, achei pertinente ao comportamento dele de sempre, ao longo da história sempre vimos que quando se trata de proteger a Suzi ele se torna muito efusivo. 

O livro está cheio de pequenas surpresinhas que só deixaram o leitor com mais ânsia de devorar cada página. Quando terminei o livro fiquei com aquele delicioso e torturante gostinho de quero mais, mas, acredito que sempre quando se tratar de Jesse e Suzannah irei me sentir assim.

P.S: um pequeno detalhe que me desagradou: no original a autora preservou a expressão "Mi hermosa", forma carinhosa que o Jesse sempre chamou a Suzannah. No entanto, a editora, por achar que a expressão "Mi amada" era mais maduro, resolveu alterar na maior cara dura. E tipo, não me agradou nada, deu vontade de riscar todos os "Mi amada" do livro e escrever "Mi hermosa".

1. Saraiva
2. Amazon

4 comentários :

  1. Tenho tanta vontade de ler esse livro mas terminei o segundo e não li mais nada. Quem sabe em 2017 eu consiga continuar.
    Abraços

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    1. Hahaha coloca em metas de leitura, é muito agradável e divertido

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