Resenha: Quem é Você, Alasca? - John Green

Título: Quem é Você, Alasca?
Autora: John Green
Edição: 2015
Nº de Páginas: 272
Editora: Intrínseca



Sinopse: Miles Halter leva uma vida sem graça e sem muitas emoções na Flórida. O garoto tem um gosto peculiar: memorizar as últimas palavras de grandes personalidades da história, e uma dessas personalidades, François Rabelais, um escritor do século XV, disse no leito de morte que ia em busca de um Grande Talvez. Para não ter que esperar o próprio fim para encontrar seu Grande Talvez, Miles decide fazer as malas e partir. Ele vai para um internato no ensolarado Alabama, onde conhece Alasca Young. Ela tem em seu livro preferido, O general em seu labirinto, de Gabriel García Márquez, a pergunta para a qual busca incessantemente uma resposta: Como vou sair desse labirinto? Miles se apaixona por Alasca, mesmo sem entendê-la, e o impacto da garota em sua vida é indelével.

O livro traz a história do personagem Miles, que é um adolescente de vida pacata e entediante, um verdadeiro nerd sem amigos e vida social. No entanto, ele possui um gosto muito incomum por biografias, sobretudo pelas últimas palavras ditas por pessoas famosas. E é quando ele se depara com as últimas palavras do poeta François Rabelais, que o jovem decide que é hora dele mesmo partir em busca do seu "Grande Talvez". Então, Miles resolve estudar em Culver Creek, um internato que seu pai havia frequentado quando mais novo.

Neste lugar, ele conhece o Coronel, o Takumi, a Alasca e outros personagens bastante peculiares, cada qual com a sua personalidade e seus gostos próprios. Só que Alasca é uma garota diferente aos olhos de Miles, uma vez que ela é impulsiva, carismática, misteriosa e totalmente envolvente. Ele desenvolve um amor platônico e que, aos poucos, torna-se cada vez menos implícito. Enquanto isso, a amizade do grupo cria laços inimagináveis, principalmente quando era para se reunir com o intuito de beber, fumar ou criar trotes.

Em uma rotina rígida e repleta de estudos, Miles desenvolve um gosto especial pelas aulas de Religião com o Velho, um senhor que dizem por aí possuir apenas um pulmão e que pode morrer a qualquer momento. Nessas aulas, o garoto passa a refletir mais sobre a vida e sobre as questões que afligem a humanidade.

Porém, algo inesperado acontece na rotina dos jovens de Culver Creek. Algo que, sob a perspectiva de alguém de fora, era apenas algo infeliz e acidental, mas que para Miles e seus amigos era algo envolto em mistérios e fatos inexplicados.

“Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quando será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.”

A obra é fluida e apresenta uma linguagem simples, porém, em alguns momentos a história se tornou bastante enfadonha.

Um ponto positivo foi que o autor soube abordar alguns temas do universo adolescente com o objetivo de fazer o jovem leitor refletir.

Contudo, esperava um enredo espetacular, o que no final acabou me decepcionando, ainda mais que tinha muitas expectativas em cima desse livro. Terminei a leitura com o sentimento de frustração, pois os personagens não me cativaram e o livro no geral não funcionou comigo.

Entretanto, pode ser que agrade outros leitores, visto que não deixa de ser uma leitura interessante.

2 comentários :

  1. Oi Luan!
    Uma pena que o livro não foi tão bom assim pra você.
    Ainda acho essa história a melhor do John Green junto com Cidades de Papel (embora eu tenha gostado muito de Tartarugas Até Lá Embaixo).
    Realmente o livro tem partes mais paradas que travam o ritmo da leitura,o que pode complicar mesmo,mas até que fluiu pra mim.
    Abraços!

    http://livreirocultural.blogspot.com/

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    1. Oi Cláudio!
      Eu gostei bastante de Cidades de Papel (meu favorito do autor), assim como A Culpa é das Estrelas, infelizmente esse livro não funcionou comigo. Pretendo ler o último lançamento do autor, espero gostar. Obrigado pela visita, volte sempre...
      Abraços!

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