Resenha: A Hora Mais Sombria (A Mediadora #04) - Meg Cabot
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Título: A Hora mais Sombria
Série: A Mediadora, Vol.04
Autora: Meg Cabot
Autora: Meg Cabot
Gênero: Literatura Juvenil / Adolescente
Edição: 2009
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 272 páginas
Nº de Páginas: 272 páginas
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
(★) Favoritado!

Antes de começar a resenha, preciso fazer a seguinte observação: até o terceiro livro vimos Suzannah resolvendo casos aleatórios de fantasmas que tinham mortes trágicas ou inesperadas e que precisavam de sua ajuda. OK! Até aí ela estava apenas fazendo o trabalho dela, fora isso víamos o seu crescimento e o desenrolar de seu "relacionamento" com Jesse. E nada mais que isso, ficava quase uma "mesmice". A partir deste quarto livro, a história começa a ter um rumo mais "focado". O caldo vai engrossar e o tempero vai ser apimentado!
Enfim chegaram as férias de Suzannah, ela está super animada para curti-las na praia com seus amigos e pegar um bronzeado legal. Porém, a coisa não é bem por aí. Na casa dos Ackerman, durante as férias os filhos têm de trabalhar, para aprender valores e blá blá blá. Ela e Jake - seu meio-irmão mais velho – vão trabalhar em um hotel (muito chique diga-se de passagem). Mas, de boas! Nossa mediadora vê um lado bom para tudo, ainda mais agora ela terá grana para renovar seu guarda-roupas e voltar no auge da moda para a escola.
“No lar dos Ackerman, como logo ficou claro, você tinha duas alternativas sobre como passar as férias de verão: com um emprego ou aulas particulares. ”
Suze irá trabalhar como babá (não sei quem foi o doido que colocou ela nessa função), mas de alguma forma ela consegue cativar um garotinho chamado Jack Slater e, por esse motivo, seus pais a requisitam para cuidar do menino até o fim da estadia deles no hotel. Só que o moleque é um chorão medroso, mas, há um motivo para isso: o pobre menino também é um mediador e todos acham que ele é apenas esquisito mesmo.
Logo que percebeu que o menino assim como ela era dotado com esse "dom", Suzannah o ajuda a entender o que acontecia, porque ele via gente morta, e até que ela fez um trabalho bom com o garoto. Em menos de um dia ele passa de moleque chorão a garoto – quase – normal brincando com as outras crianças. O que a faz ainda mais requisitada pelos pais do moleque. Até aí tudo bem, de boas...
“E não quero contar vantagem nem nada, mas devo dizer que, graças às minhas instruções cuidadosas e minha influência calmante, no fim do dia Jack Slater estava agiando – e até nanando – como um garoto normal de oito anos.”
Só que Jack é o filho mais novo do casal Slater e eles têm um filho mais velho, Paul . E o rapaz é um espetáculo de bonito. Alto, bronzeado impecável, lindos e intensos olhos azuis, além de inteligente e cheio das lábias.
“ – E aí? Quem ligou para o serviço de quarto e pediu a garota bonita? – Perguntou Paul. [...]
- Há,há. Estou aqui por causa do Jack.
Paul se encolheu.
- Ah – falou balançando a cabeça num desapontamento fingido -, o baixinho é que tem sorte.”
O boy se mostra bastante interessado em Suze, que nem lhe dá as horas, afinal, ela finalmente se assumiu apaixonada por Jesse, o fantasma sexy delicinha, com quem divide seu quarto.
E enquanto ela tenta escapar das investidas de Paul, – que se mostra irritantemente insistente – ela tem de lidar com o passado de Jesse (Aleluia! finalmente, já estava me roendo pra saber sobre isso), que resolve retornar de forma inesperada e bastante violenta. E em determinado ponto da história esses dois problemas se fundem, tonando-se algo muito maior do que ela poderia imaginar.
Nesse quarto livro a autora começa a profundar a trama, finalmente você começa a ver um desenrolar de verdade na história. E entende que os primeiros livros da série tinham a função apenas de te introduzir para o que viria a ser o núcleo de tudo.
Suzannah agora admite ser completamente apaixonada por Jesse, apesar de todas as barreias que os separam. E ela tenta procurar nele algum sinal de reciprocidade desse sentimento. E se questiona como ela faria esse relacionamento funcionar.
“ [...]Não temos futuro juntos.
Preciso me lembrar disso.
Mas algumas vezes é muito, muito difícil, em especial quando ele está sentado ali na minha frente, rindo do que eu digo e fazendo carinho naquele gato estupido e fedorento. Jesse foi a primeira pessoa que conheci quando me mudei para a Califórnia, e virou meu primero amigo de verdade aqui. Sempre esteve presente quando precisei, o que é mais do que posso dizer da maioria dos vivos que conheço. E se eu tivesse de escolher uma pessoa para levar para uma ilha deserta, nem iria pensar: claro que seria o Jesse.”
Como está de férias da escola e a maior parte do dia ocupada com o trabalho, ela não tem tantos momentos com seus amigos e padre Dominic está fora da cidade. Ou seja, ela tenta lidar com os problemas que surgem sozinha e a sua maneira, o que, claro, gera um tremendo problemão.
Também podemos perceber mais facilmente as mudanças em Suze, em seu comportamento e humor. Ela se torna um pouco mais sensível e vulnerável sentimentalmente. Também está mais receptiva a nova família, que finalmente os considera sua família.
São sutis, mas mesmo assim grandes mudanças que percebemos tanto na trama como nas personagens, e a autora coloca isso de forma tão bem encaixada que nada fica fora de contexto. O leitor consegue acompanhar toda a evolução da história sem perder nenhum detalhe.
Com uma escrita inteligente, fluida e gostosa, Meg consegue prender cada vez mais o leitor e fazê-lo ansiar pelo desfecho dessa história. O que só me deixa ainda mais encantada e apaixonada por essa série.
Próximo livro da série:
1.Saraiva
2. Submarino
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